quarta-feira, maio 31, 2006

Os Rebites desmistificados…

Onde e quando se deve aplicar a palavra “Rebite” no âmbito dos Caminhos-de-Ferro? Erradamente, algures em Dezembro de 2005 nasceu a denominação “Rebite” associada ao elemento metálico (parafuso) que efectuava a fixação da interligação do carril à travessa (madeira ou betão).

Devido à reorganização deste blog, e tentando a partir de hoje, trazer para aqui redacções de cariz científico utilizando uma linguagem técnica correcta e isenta, torna-se impreterível corrigir o erro cometido.
O nome pelo qual se deverá passar a designar o tão famigerado “Rebite” é “Tirafundo”. Segundo um livro da especialidade, datado de 1955, a designação de “Tirafundo” é a seguinte:

“São parafusos que se introduzem nas travessas… termina num prisma de secção quadrada ou rectangular. O Tirafundo pode apertar só a patilha do carril ou o carril e a placa de assentamento (chapim).”

E pronto, a partir de hoje, a palavra “Rebite” será utilizada nos Caminhos-de-ferro como a peça que efectua a ligação entre dois perfis metálicos, consistindo num elemento liso que atravessa as chapas e é moldado à cacetada.

segunda-feira, maio 29, 2006

Reorientações...

Documentos e Artefactos - V. N. Gaia (minha secretária) - Maio 2006

Este Blog, tem várias vertentes. Pretendo desde já alargar o âmbito deste blog, passando-o para uma vertente mais científica.
Durante estes dias tentarei esclarecer algumas imprecisões que têm vindo a ser cometidas, tanto neste como em outros blog's pertencentes ao "consórcio".
Próximo post: "Os rebites desmistificados..."

sexta-feira, maio 26, 2006

Adeus que me vou embora...

Locomotiva Diesel 1425, série 1400 - Barreiro - Agosto 2004

"Adeus que me vou embora
Adeus que me vou embora
Adeus que me embora vou
Adeus que me embora vou

Vou daqui para a minha terra
Vou daqui para a minha terra
que eu desta terra não sou
que eu desta terra não sou

O tempo que vai durar
O tempo que vai durar
O meu abraço, o meu beijo
O meu abraço, o meu beijo

Vim solteiro e vou solteiro
Vim solteiro e vou solteiro
vou livre de corações
vou livre de corações

Se alguém me quiser prender
Se alguém me quiser prender
ja não vou dizer que não
ja não vou dizer que não

Adeus que me vou embora
Adeus que me vou embora
Adeus que me embora vou
Adeus que me embora vou"

Composição: António Variações

quarta-feira, maio 24, 2006

Em busca de um choque...

CERN - Suiça, ou França (depende) - 25 de Abril 2006

Hoje não há comboios!

Hoje, quero um choque...
Um choque tecnológico,


QUE CORRA COM AS BESTAS E PONHA O PÁIS A MEXER!!



P.S. - Incluam-se na lista os Sr.'s do C.G. da CP. + o seu plano líder 2010!! (bandalhos)

segunda-feira, maio 22, 2006

Caminhos numa tarde de verão!

Espinho 2005

Dia de Sol!
Tarde esta, solarenga de verão onde me encontro junto à praia.
O vento sopra de Norte para Sul levantando grãos de areia que se esbarram na minha face.
Também aqui, no meio do nada, a Engenharia trabalha, pensa, produz...
Arranjam-se soluções, engenhos, trilhos, caminhos...
A natureza é incomodada, mas não muito, pois a obra do engenho produz resultados positivos.
É como se obra e natureza sempre estivessem presentes, uma ao lado da outra.
Por vias travessas do destino, chego a outras travessas, travessas de caminho, para fotografar outras, também elas travessas de um outro caminho, o caminho-de-ferro.
Nesta tarde solarenga de verão, enquanto espero, sinto a engenharia dos homens, o aproveitamento do velho, uma nova utilização, Reabilitação.
Reformadas, as velhas travessas de madeira foram rendidas pelas de betão. Mas se por elas não passam agora comboios, passam pés e rodas de bicicleta, passam crianças que brincam sobre este caminho integrado na areia e nas dunas, paisagem de espanto, privilégio para olhar o mar.
Viro costas a este cenário para deste caminho, ver um outro caminho, agora de terra, que me conduz ao caminho Norte, o caminho-de-ferro...

domingo, maio 21, 2006

Ângulos difíceis...

LE-2605 - São Bento - Maio 2006


Uma vulgar tarde de Sábado como outras tantas tardes!
Desloco-me a S. Bento, estação de memória, estação da minha infância...
Espero ver uma 1400, máquina outrora vulgar e em números avultados, é hoje uma miragem.
As linhas são agora ocupadas por apenas um tipo de composições.
Belas também, mas sem especial interesse as 3400's amontoam-se nas 8 linhas.
Contudo, eis algo de invulgar.
A linha dois apresenta sobre os carris uma máquina que daqui sumiu à mais tempo que as 1400!
De fabrico francês, a locomotiva eléctrica 2605, (da série 2600) opera em Portugal desde 1974.
Regalo para a vista e para a máquina regista-se para a posteridade este estranho facto, deveras um achado nesta tarde estremunhada de Primavera.

Contudo, há ângulos complicados e, quando eles envolvem escolhas difíceis, mesmo o mais hábil fotografo tem as suas dificuldades.

sábado, maio 20, 2006

Cu-Cu

LD-1431 - Figueira da Foz - Agosto 2004

- "Eis-me aqui nesta tarde de Verão. Hoje não me poderás fotografar ao sol, estou cá dentro… Dentro deste hangar onde fui encostada, com destino incerto.
Não me és estranho!
Penso que já te vi a olhares assim para mim. Estou certa que foi em Campanha!
Nessa altura era a locomotiva piloto, manobrava todos os vagões e carruagens para montar mais uma composição. Depois do trabalho feito, lá partiam elas, ora rumo a norte ora rumo a sul. E eu lá voltava para o meu lugar cativo, junto à cerca na linha 12.
Num desses dias estava eu lá parada à espera, quando tu apareceste. Do outro lado da cerca fotografaste-me e viste o contraste da minha frente…
Do lado da estação estava limpa, mostrando as minhas riscas laranjas e brancas. Do lado de onde me observavas estava cheia de grafittis.
Como podes ver liparam-me os grafittis. Nota-se contudo e ainda uma ligeira diferença entre os dois lados, mas isso pouco importa agora.
Fui encostada…
Não sei se, ou quando voltarei, por isso aproveita hoje enquanto as portas estão abertas…"

segunda-feira, maio 15, 2006

Pelos trilhos onde passas...

Linha do Vouga - Aveiro/Sernada - Setembro 2004

Pelos trilhos onde passas, onde rolas devagar passaram possantes irmãos teus, em busca de um lugar para beber...
Por entre montes lá passavam para perto do rio chegar.
Sernada de seu nome tinha no Vouga a água para alimentar os depósitos.
Depósitos de gigantes que fervem esse líquido num instante, gigantes que não se compadeciam do pobre viajante que, no interior inalava aquele fumo negro, característico da máquina a vapor.
Pelos trilhos onde passas, naqueles tempos não passei eu.
Passo hoje, porque gosto de conhecer locais por onde se escreveu história.
História de gentes de um Portugal interior que encontrava o mar nas localidades de Espinho e Aveiro, gentes que dependiam de um monte de ferro para verem com os seus próprios olhos essa água chamada Atlântico!
Eu vou rumo ao interior...
Anseio descobrir esse tempo.
Mas, pelo caminho encontro tristeza, abandono e solidão.
Tristeza do teu motor a diesel que se move por que tem de ser, é necessário cumprir o horário.
Bons tempos aqueles, em que tinhas de suar para percorrer estes trilhos, cheia de "gente às costas"!
Abandono porque tudo foi esquecido e o teu trilho quase desaparece...
Solidão deste caminho sem gente, sem alegria, sem movimento...
Só tu te moves, só tu vais dando motivo às gentes para elevarem os olhos e saudarem mais um comboio que os cumprimenta buzinando à sua passagem.
Até quando tu e eles estarão por cá...

segunda-feira, maio 08, 2006

Imutável...

Relógio de Estação - Régua - Abril 2006

Assim és tu... imutável perante o tempo.

Tempo que passa por ti ao ritmo do minuto. Passam minutos e horas, voltas e mais voltas que os teus ponteiros dão e, continuas imutável.
Outrora de importância fulcral, todos para ti olhavam pois eras referencial, apenas rivalizado pelo congénere lá no alto, na torre da igreja.
Hoje, ainda por ti passam horas, passam minutos, assim como em tantos outros que existem à tua volta...
De ponteiros ou digitais, em telemóveis ou no pulso, marcam todos o tempo.
Mas tu marcas algo mais...
Marcas tempos e história!
Tempos em que os que aqui chegavam saíam de máquinas a vapor, tempos em que o vinho do Porto se avolumava abaixo de ti, no cais, tempos em que o nome por cima de ti transbordava fama de uma terra cheia de “embaixadores”, tempos em minutos e horas que foram escrevendo história...


sexta-feira, maio 05, 2006

Os animais Suiços (Parte II)




Mais uns animaizinhos...

quarta-feira, maio 03, 2006

Os animais Suiços (Parte I)

A Confederação Helvética (CH), ou Suiça para parente de emigrante é um lugar priveligiado para podermos disfrutar da natureza.
Como nem tudo na vida são comboios, resolvi dedicar-me a outros motivos para as fotos!
Foram alguns (momentâneos contudo) os momentos em que me consegui abstrair para fotografar outra coisa que não os ditos veículos ferroviários.
Os animais (parte I) inicia uma nova galeria de fotos... a ver durante o resto da semana e durante o fim de semana!

terça-feira, maio 02, 2006

View's from the Sky...

Ao contrário do que muitos poderiam supor, eu não me desloquei de comboio para a Suiça!

Para lá chegar utilizei um meio bem mais rápido e que, quando o tempo está bom, permite umas imagens fantásticas!
Neste post fica aquilo que deu para fotografar da janela (junto à asa) do avião que me levou a Genebra.
Para os entusiastas da aviação:
Modelo da Aeronave: A-319
Companhia TAP
Nome: Eça de Queirós



Airbus 319 (Eça de Queirós) - Algures entre Lyon e Genebra - Abril 2006