sexta-feira, janeiro 25, 2008

A Hora do Carril (#5)

Neste "A Hora do Carril" estava previsto continuar o assunto da rúbrica passada, ou seja o elemento carril.

Mas, assuntos paralelos levaram-me a abordar uma temática que se enquadra perfeitamente no espírito desta rubrica.
Assim, "A hora do Carril" tem o gosto de apresentar a distinção entre ponte, viaduto e pontão! (Tchârâââââââ!)

Os conceitos pontão, viaduto e ponte são muitas vezes trocados e mal aplicados.Após ter falado com alguns especialistas, pude constatar que enquanto para certas estruturas a distinção é fácil, existem outras porém que podem originar alguma discussão.Vou tentar neste post, passar as ideias que pude recolher, para poderem servir de referência.Assim sendo, comecemos pela mais fácil:

Pontão: Um pontão é uma estrutura de pequena dimensão, geralmente constituída por dois encontros e um vão único de reduzida dimensão (entre 5 e 15 m). Serve para superar pequenos obstáculos (estrada nacional, pequeno curso de água, linha de caminho-de-ferro via única). Tome-se como exemplo a estrutura da fotografia:

Os pontões podem ser estruturas de betão armado ou estruturas mistas (encontros em cantaria e tramo metálico ou betão armado+aço).

A distinção entre ponte e viaduto é contudo mais complicada, sobretudo nos casos das estruturas que se situam muito próximas das definições.Entende-se como viaduto uma estrutura que constitui uma alternativa na ligação de dois pontos, superando somente a geografia do terreno ou vias de comunicação, pequenos cursos de água de carácter permanente ou não permanente conjuntamente com a geografia do terreno(maioritariamente). São geralmente estruturas com grande extensão e são constituídas pela repetição de uma estrutura tipo. Exemplos deste tipo de estruturas:



Geralmente a estrutura a que chamamos ponte engloba a estrutura da ponte propriamente dita e os respectivos viadutos de acesso.Note-se os casos da ponte Salgueiro Maia, ponte Vasco da Gama e ponte das Lezírias, todas sobre o Rio Tejo, mas com extensos viadutos de acesso devido à possibilidade de cheias, ocupação dos terrenos, características do solo.
Existem estruturas que poderiam ser classificadas como pequenas pontes.
Tomemos como exemplo as passagens superiores existentes na autoestrada no norte A1. Atendendo à definição, estas estruturas não têm um carácter repetitivo no seu desenvolvimento e são curtas.
Contudo, a complexidade técnica da estrutura não é elevada, e o obstáculo que supera tem dimensões reduzidas. Atendendo à definição, estas estruturas constituem um caminho alternativo na ligação de dois pontos. Este caso situa-se na fronteira da definição, mas enquadra-se nos viadutos, pelo facto dos vãos terem um extensão reduzida.
Os viadutos podem ser estruturas de cantaria, betão armado ou mistas (cantaria+aço ou betão armado+aço).

Designa-se como ponte uma estrutura que liga dois pontos intransponíveis (geralmente unindo duas margens), que impliquem a execução de uma estrutura com dimensões consideráveis e alguma complexidade técnica.
Existem pontes cuja designação como tal é pacífica e incontestável. Tome-se como exemplo as pontes Dna. Maria Pia (ponte metálica em arco), a ponte S. João (ponte de betão armado pré-esforçado em viga caixão), ou a ponte sobre o Tâmega em cantaria, que vemos nesta imagem:


Um pormenor que permite a distinção entre uma ponte e um viaduto neste método construtivo, é a dimensão dos arcos que permitem ultrapassar o obstáculo (neste caso um rio) com um vão bastante maior que os arcos mais próximos dos encontros.Existem limitações na dimensão dos vãos consoante o tipo de estrutura. As pontes ferroviárias da linha do Douro são um exemplo disso. Estas estruturas mistas apresentam vão consideráveis, atendendo ao material e à época em que foram construídas. A ponte do Tua é um exemplo:


Uma estrutura que é considerada uma ponte, embora tenha dimensões reduzidas é a ponte sobre o rio Teixeira, que se pode ver na imagem:


Contudo, o facto de permitir a ligação de duas margens de um curso de água com caudal para ser considerado rio, e o carácter não repetitivo da estrutura, levam a que seja classificada como uma ponte.
As pontes podem ser estruturas de cantaria, estruturas metálicas, mistas (betão armado+aço, betão armado pré-esforçado+aço, cantaria+aço).
Este documento é questionável e poderá não ser consensual. Tenta contudo, reunir a opinião de alguns técnicos, e foi elaborado na expectativa de poder contribuir para o esclarecimento destes conceitos.

Novamente por terras helvéticas

Novamente na Suiça!

Foi uma semana excelente. Conhecer muita gente, encontrar amigos e conhecidos, gelar na Palexpo e passeio de comboios até Montreux, à borliu!
Fantástico

quarta-feira, dezembro 26, 2007

2 anos passados

Hà dois anos, tirando uns minutos ao relógio, tinhamos 3 jovens a caminho do Pocinho e um quarto desaustinado, qual corrida contra o tempo, um frente a frente titânico entre carro e comboio, autoestrada fora para se juntar ao resto do grupo.
2 anos meus sr.'s 2 anos!!!

Hoje poderia ter havido uma reedição, mas não pôde ser, vou para Genebra, mas fica a promessa de lá voltar, quando os dias forem maiores e todos os emigras estiverem por terras Tugas!

quarta-feira, dezembro 05, 2007

A hora do carril (#4)

O Carril!
É o elemento fundamental e característico que dá origem ao nome da via, Caminho-de-ferro.
O carril desempenha duas funções. São elas a de resistir às cargas exercidas pelos comboios e transmiti-las aos elementos de suporte e de guia dos rodados dos comboios que sobre ele circulam.
Em alguns sistemas, é através do carril que é conduzida a electricidade para os sistemas de tracção ou de sinalização.
Vários foram os tipos de perfis ensaiados nos primórdios dos caminhos-de-ferro. Todos eles foram preteridos, tendo subsistido apenas, e de uma forma generalizada, o carril de patilha ou carril de Vignoles.

quinta-feira, novembro 22, 2007

5 anos de UME-3400 ao serviço dos Urbanos do Porto


"Os 34 comboios que circulam no serviço ferroviário urbano do Porto percorreram, em cinco anos, 20 milhões de quilómetros, o que permitiria dar 480 voltas ao planeta...
A CP anunciou hoje que vai assinalar quinta-feira, na Estação de S. Bento, o quinto aniversário da requalificação dos Urbanos do Porto, tendo previsto vários prémios e surpresas para os utentes.
Nos últimos cinco anos, os 34 novos comboios que asseguram os Urbanos do Porto transportaram 85 milhões de passageiros e percorreram cerca de 20 milhões de quilómetros ao longo das quatro linhas que integram este serviço de transporte ferroviário."
Parabéns ao trabalho realizado por estes magníficos veículos!

Encerrada ponte rodo-ferroviária na zona de Constância


"A ponte rodo-ferroviária entre Praia do Ribatejo e Constância Sul reabriu ao tráfego automóvel cerca das 14h20, mas continua interdita a comboios. A estrutura foi encerrada na noite de terça-feira depois de ter sido detectada uma anomalia à passagem de um comboio. O alerta foi dado cerca das 21h00 pelo maquinista de um comboio que atravessava a ponte. Os meios da Refer e da protecção civil distrital foram de imediato accionados.
De acordo com fonte da Refer, o tabuleiro da ponte “deslizou” 25 centímetros para a margem sul devido a um desvio dos aparelhos de apoio onde assenta o tabuleiro ferroviário. A Refer salvaguarda no entanto que a deficiência detectada “nada tem a ver com os pilares”. A circulação de comboios foi interrompida de imediato para se iniciar a reparação que, diz a Refer, deve estar concluída “no máximo dentro de três dias”.
O encerramento da travessia afectou a circulação dos comboios da Linha da Beira Baixa, que está a ser feita nesta zona com recurso a autocarros alternativos. Na terça-feira à noite, o comboio internacional vindo de Madrid circulou pela Linha da Beira Alta mas o da manhã de quarta-feira já ficou retido na estação de Abrantes, com os passageiros a fazerem o resto do percurso (até Lisboa) em autocarros fretados pela Refer.
O problema verificado na estrutura ferroviária levou também que a travessia rodoviária que corre em paralelo fosse igualmente fechada ao trânsito."

Retirado do jornal "O Mirante" de 21-11-2007

Em breve, uma crónica sobre o assunto em causa...

segunda-feira, novembro 19, 2007

EVACES' 07

http://paginas.fe.up.pt/~evaces07/photos/index.php

quinta-feira, novembro 15, 2007

A Hora do Carril (#3)


Magazine de periodicidade duvidável, com tema centralizado neste elemento imprescindível da ferrovia, "A Hora do Carril" depois de histórias recambulescas, tende a dedicar-se à tecnologia, história e curiosidades.
Não percam o próximo "A Hora do Carril", com o carril de Vignoles desmistificado.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Quin's news

Veículo de Socorro - Devesas - 13 Novembro de 2007

Ontem dia 13 de Novembro, durante o dia, avistou-se o veículo de Socorro de Contumil, na Estação das Devesas, Gaia. A referida composição, deriva das 3 famosas composições adquiridas pela CP à FIAT durante a década de 50, baptizadas com o nome de "Foguete". Estes veículos automotores a diesel, revolucionaram as comunicações na linha do Norte, trazendo conforto e rapidez, na ligação mais importante do país. Dotadas de ar condicionado, serviço de restaurante e cómodas poltronas, o Foguete não estava ao alcance de todos aqueles que viajavam entre o Porto e Lisboa. A presente composição é apenas um terço de uma composição formada por dois topos motorizados e um reboque situado ao centro, mas é a única que ainda presta algum serviço na CP. As outras partes existentes (1 composição intereira) aguarda em Elvas por um futuro ainda incerto. Certo é que, este veículo de socorro, passeia-se pela linhas da REFER pelas últimas vezes na sua já longa vida ao serviço. Em breve será substituido por um furgão mais moderno. Um furgão que depois de ter prestado serviço como veículo Correio e transporte de mercadorias, verá prolongada a sua vida, ao serviço da equipa de socorro da EMEF Porto.

Helvetia #1

Monte Branco - 2 de Novembro - 2007

Pois é, homedosquins back to Helvetia!
From Mont Blanc to the World...
... fondue de queijo, NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOO!!
Mais disparates, com comboios, brevemente...

sexta-feira, novembro 09, 2007

Novo Layout

Regressado às lides "blogásmicas" após pausa para reflexão e meditação sobre o rumo a dar ao homedosquins. Resultado, altera-se o layout, muito mais de acordo com as cores actuais da empresa e do material mais bonito que por aí circula. Quanto aos conteúdos: - Os mesmos de sempre!!

Bem-vindos a esta nova versão, penso que já é a 3ª!

terça-feira, setembro 18, 2007

Sonae no Douro

A Sonae, uma das maiores empresas nacionais, proporcionou a alguns dos seus principais clientes, um dia de passaeio pelo Douro, no passado Sábado, dia 8 de Setembro. As paisagens durienses puderam ser contempladas da parte da manhã a partir da janela de um comboio que deslocou a comitiva desde a histórica Estação de S. Bento, rio acima, até ao Pinhão. Da parte da tarde depois do almoço, o percurso no sentido inverso foi realizado de barco. Iniciativa louvável esta, principalmente para amantes da fotografia ferroviária, que tiveram a oportunidade de disfrutar de um dia de sol magnífico com uma composição ferroviária singular a percorrer os centenários trilhos da Linha do Douro...


LD-1940 - Linha do Douro, Pinhão - Setembro 2007

quarta-feira, setembro 05, 2007

Recuperando post's atrasados #2

Ainda as 24 horas do Entroncamento...

Lusitânia TrenHotel - Entroncamento - Junho 2007

Chegámos por volta das 15:00 à capital da ferrovia.
Depois de um almoço para dar conforto ao estômago, lá partimos para uma maratona.
Estação, EMEF, triagem, vai e volta, janta, segue a mesma rotina e aterra no banco da estação por volta das 4 da matina. O cansaço começa a apoderar-se e com fotos fantásticas é duro continuar.
O ânimo é recuperado por estranha aparição a meio da noite e rapidamente amanhece e o movimento retoma. Começam a chegar compatriotas para passar o dia a fotografar. Toma-se o pequeno almoço e as surpresas continuam. Por volta das 16:30 o IC dá entrada na gare e com isso termina a odisseia. Guardam-se as máquinas e, sentados nos bancos o corpo pede descanso.
Adormeço a ver passar a paisagem. Próxima paragem Gaia - Devesas.

segunda-feira, julho 16, 2007

O regresso das Crónicas...

Estação de Caminho de Ferro - Barca D'Alva - Julho 07

Com a ausência de três compinchas, mas com uma nova aquisição dirijo-me novamente rumo ao Douro para novas aventuras. O porquê de "O regresso das Crónicas..." é porque efectivamente fui até Barca D'Alva! Meio de transporte: USD C4. Por trilhos desactivados, não de ferro, mas de terra, quais fatídicos 45 min. pelo meio dos monte levaram-nos até junto de dois rios, o sempre Douro e o Águeda. Ali o outrora local dominado pelo comboio volta-se para as águas onde barcos vindos do Porto e da Régua trazem turistas fascinados com a beleza desta região. Mais acima, jaz a grande estação da Barca D'Alva. Este centro de trocas, de partidas e chegadas, some-se por entre a vegetação que cresceu chegando agora ao nível do telheiro do edifício... Foi bom lá estar, mas para quando o regresso?

sexta-feira, junho 08, 2007

24 Horas do Entroncamento

Se para os amantes do automobilismo existe uma verdadeira maratona que se designa por 24 horas de "Le Mans", nada melhor do que (e para combater elitismos) proporcionar aos amantes da ferrovia no local mais adequado uma maratona fotográfica.
Assim, as "24 horas do Entroncamento" terão início às 16h de Sexta-Feira dia 08-06-07 tendo o final à mesma hora do dia seguinte.
Uma verdadeira prova de resistência para fotografos e suas máquinas...